Cultura

 

 A cultura conjuga diversos elementos materiais e simbólicos, entre eles as crenças, as teorias, os valores, as artes, os costumes, as leis e normas, que se organizam de forma dinâmica, inter-relacionando-se e mudando. Por exemplo, as crenças, os valores e as normas materializam-se nas produções culturais.

Os seres humanos são produtos e produtores da cultura. A influência entre os processos psicológicos e a cultura é mútua, dinâmica e permanente.

Socialização é o processo através do qual cada um de nós aprende e interioriza os padrões de comportamento, as normas, as práticas e os valores da comunidade em que se insere. Este tema é dividido em dois subtemas, a socialização primária (responsável pelas aprendizagens mais básicas da vida em comum) e a socialização secundária (ocorre sempre que a pessoa tem de se adaptar e integrar em situações sociais específicas). Padrão cultural é o conjunto de comportamentos, práticas, crenças e valores comuns aos membros de uma determinada cultura.

Os padrões culturais ajudam no enquadramento da construção de significados em muitos domínios da vida social. Não temos consciência da sua existência. A cultura exerce uma forte influência na forma como pensamos, sentimos e consideramos aceitável ou inaceitável.

As crianças selvagens são crianças que cresceram com contacto humano mínimo, ou mesmo nenhum. Podem ter sido criadas por animais (frequentemente lobos) ou, de alguma maneira, terem sobrevivido sozinhas. No momento em que são encontradas possuem uma linguagem sobretudo mímica, em alguns casos imitativa dos sons e gestos dos animais com que conviveram. A sua linguagem verbal é quase sempre nula ou muito reduzida. O comportamento não é orientado para outros seres humanos, não seguindo os mesmos padrões, e aproximando-se dos padrões dos animais com que interagiam.

A cultura varia no tempo e no espaço, pelo que existem múltiplas culturas. As diferentes culturas reflectem as maneiras como as comunidades integraram os acontecimentos do passado, as necessidades de sobrevivência e as exigências do meio onde vivem. Todos estes factores fazem com que as diversas culturas adquiram especificidades próprias, levando a uma diversidade cultural.

Por outro lado, a cognição social é uma forma de conhecimento e de relação com o mundo social. Assim, há quatro  processos de cognição social: as impressões, as expectativas, as atitudes e as representações sociais.

As primeiras impressões são as ideias com que ficamos de determinada pessoa com quem acabamos de travar conhecimento. Neste primeiro contacto, interiorizamos determinadas características/indícios que consideramos mais importantes na caracterização dessa pessoa. As primeiras impressões têm, muitas vezes, um significado errado, contudo, são de carácter bastante persistente. Por outro lado, a produção de impressões é mútua, na medida em que a impressão que o outro tem sobre mim irá afectar o seu comportamento para comigo.

As expectativas são modos de categorizar as pessoas através das impressões que temos delas. Da mesma forma que as impressões, também as expectativas são mútuas e alteram o seu comportamento para connosco. No processo de categorização através do qual catalogamos as pessoas consoante as suas características essenciais estão envolvidos os processos de indução e dedução. Pela indução passamos da percepção das características para a categorização delas e pela dedução conseguimos encontrar novas características para a pessoa, tendo em conta a sua categoria social. É pela dedução que formamos expectativas acerca de outrem  que são marcadas pelos valores, atitudes, crenças, história pessoal e contexto social.

Atitude é uma tendência para responder a um objecto social – situação, pessoa, grupo, acontecimento, de modo favorável ou desfavorável. É uma tomada de posição intencional de alguém acerca de um assunto social. As atitudes são importantes para processarmos a informação a que somos submetidos diariamente. É devido às várias atitudes que se podem tomar face a uma determinado assunto que, para diferentes situações, diferentes pessoas reajam de forma distinta.

Ao criarmos contacto com uma pessoa, não recolhemos toda a sua informação, mas antes aquela que se nos afigura mais importante e mais óbvia. Assim, depois de termos as primeiras impressões, vamos proceder à categorização da pessoa em questão, agrupando-a segundo características que achamos pertinentes. Esta atribuição inicial de grupos, influencia vivamente o nosso comportamento seguinte para com essa mesma pessoa porque acaba por nos mostrar, genericamente, o perfil psicológico dela. A categorização permite um comportamento mais adequado à situação em questão e ajuda-nos a poupar tempo nas relações interpessoais.

Para a categorização são necessárias 3 avaliações:

- A afectiva – Percebemos se gostamos ou não da pessoa, à primeira vista.

- A moral – Ponderamos os valores da pessoa e analisamos o seu carácter.

- A instrumental – Averiguamos se é competente, capaz e responsável.

A primeira impressão é muito emocional e, por isso, tem grande influência no nosso comportamento futuro: se a pessoa me pareceu intriguista, mal formada e mesquinha, o meu comportamento para com ela não será tão simpático e aberto como com aquelas pessoas que me pareceram simpáticas, honestas e humildes.

Assim, e na minha opinião podemos afirmar que a categorização que provém da formação de impressões facilita e orienta o nosso comportamento, fazendo mesmo com que criemos determinadas expectativas em relação à pessoa, que encaixam na sua categoria podendo assim conviver em harmonia na nossa sociedade interagindo com os outros e saber como nos relacionar com os outros e até mesmo como iniciar essas mesma relações.

Podemos ainda concluir concluir que existe uma grande diversidade de culturas e que as relações interpessoais facilitam a divulgação de diversas culturas e ideais de vida. Para a formação humana é fundamental estar inserido num meio social onde existam padrões culturais definidos. Na minha opinião a “Cultura” é um tema bastante interessante para estudar, pois nós sem a mesma não teríamos uma formação humana adequada e não eramos capazes de viver em sociedade, como podemos ver com o filme “Criança Selvagem”, que apesar de ganhar alguns instintos, não era capaz de proceder em conformidade com a sociedade.

Como proposta de atividade apresento uma viagem por todo o pais, mais concretamente um intra-rail. Esta viagem é realizada num comboio, tendo um baixo custo e através dela poderíamos ter uma maior perceção das diferenças culturais presentes de norte a sul do nosso pequeno pais.